O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) realizou 3.833 resgates de animais entre janeiro e abril de 2025, consolidando uma média histórica para a preservação da fauna cearense. O número representa uma redução de 7,41% em relação a 2024 (4.140 resgates), mas mantém um aumento de 1,03% comparado a 2023 (3.875 resgates). Desse total, 2.600 ocorrências (67,83%) envolveram serpentes (cobras), seguidas por 441 resgates de gatos (11,51%) e 261 de cassacos/gambás (6,81%) – animais fundamentais para o equilíbrio ambiental.
Sarüê: O Guardião Silencioso das Florestas Brasileiras
Você sabia que, enquanto dormimos, um pequeno herói trabalha para equilibrar nosso ecossistema? Conheça o Sarüê – ou gambá, timbu, mucura – o único marsupial das Américas e um dos pilares invisíveis da biodiversidade. Com uma bolsa marsupial que abriga seus filhotes, ele patrulha florestas e até áreas urbanas, combinando resistência, utilidade e uma história cultural fascinante.
Por que ele é indispensável?
Em primeiro lugar, sua imunidade extraordinária chama atenção: o Sarüê enfrenta cobras venenosas como cascavéis sem sofrer danos, graças a uma adaptação única. Essa resistência não apenas o protege, mas também inspirou pesquisas científicas para desenvolver antídotos que salvam vidas humanas. Em segundo lugar, atua como controlador natural de pragas: uma única família consome até 4 mil carrapatos por semana, além de devorar escorpiões, aranhas e caramujos. Por fim, sua maternidade cuidadosa impressiona: ao transportar filhotes na bolsa, move-se lentamente, priorizando sua segurança. Um simples barulho o faz recuar – sinal de que devemos respeitar seu espaço.
Raízes culturais e identidade
Além de sua função ecológica, o Sarüê é um símbolo cultural. Seus nomes regionais – como timbu (do tupi timbóba, nariz pontudo) e mucura – são heranças indígenas que unem passado e presente. Nas lendas, é companheiro do Saci-Pererê e, no folclore caipira, ganha apelidos como “Pai-d’égua”, representando astúcia e conexão com a terra. Seu nome científico, Didelphis spp., esconde séculos de história que merecem ser celebrados.
Como protegê-lo? Ações simples fazem a diferença!
Mantenha distância: Ele é inofensivo. Evite assustá-lo e permita que siga seu caminho. Preserve seus habitats: Tampe poços, vedar frestas e evite lixo exposto, reduzindo riscos de acidentes. Valorize sua história: Use nomes como timbu ou mucura, fortalecendo identidades locais. Acione o 193: Em situações de perigo, o Corpo de Bombeiros do Ceará atua 24h para resgates seguros.
Um legado a ser defendido
O Sarüê não é apenas um animal: é um elo vital entre natureza e cultura. Sua preservação garante o controle de pragas, a riqueza de nossas lendas e o equilíbrio ambiental. Protegê-lo é cuidar do Brasil – das matas às tradições.
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Prevenção
Mantenha-se sempre distante de animais silvestres, principalmente serpentes. Tampar poços, cercar e sinalizar ajuda a evitar quedas de animais e pessoas nestes locais. Assim como, fechar corredores estreitos também ajuda a evitar que estes animais fiquem presos em locais confinados.
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