Ceará na rota internacional do tráfico de pássaros
A operação do Ibama ocorreu em Aiuaba, Parambu e Tauá; 22 pessoas
foram presas
foram presas
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama,
recebe 450 animais traficados por mês, sendo a maioria aves. Destas, a maior
parte é retirada de feiras populares. Denúncias da população têm importante papel O tráfico de animais silvestres está entre os três mais
rentáveis do mundo, só ficando atrás do mercado ilegal de drogas e armas. O
Ceará entra na rota internacional desta atividade como um dos principais
fornecedores, principalmente de aves, para consumidores do exterior e também
internos, como de São Paulo e Rio de Janeiro. O Estado possui ainda uma
particularidade quando o assunto é mercado ilegal de aves: a caça das avoantes,
que são aves migratórias comuns na Região Nordeste.
recebe 450 animais traficados por mês, sendo a maioria aves. Destas, a maior
parte é retirada de feiras populares. Denúncias da população têm importante papel
rentáveis do mundo, só ficando atrás do mercado ilegal de drogas e armas. O
Ceará entra na rota internacional desta atividade como um dos principais
fornecedores, principalmente de aves, para consumidores do exterior e também
internos, como de São Paulo e Rio de Janeiro. O Estado possui ainda uma
particularidade quando o assunto é mercado ilegal de aves: a caça das avoantes,
que são aves migratórias comuns na Região Nordeste.
Os órgãos
ambientais fiscalizam, há punições, mas existem também questões culturais que
dificultam o combate, como o hábito de criar pássaros sem respeitar a
legislação e as feiras livres.
ambientais fiscalizam, há punições, mas existem também questões culturais que
dificultam o combate, como o hábito de criar pássaros sem respeitar a
legislação e as feiras livres.
Fotos; Lucas Moura |
É delas, como afirma o analista ambiental do Ibama (Ceará),
Alberto Klefasz, que vem a maioria dos animais apreendidos pelo órgão.
Mensalmente, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) recebe 450
animais, sendo aves a maioria. “Dessa quantidade, 80% são apreensões do Ibama,
a maioria é bicho retirado de feiras e os outros 20%, denúncias da população”,
certifica.
Alberto Klefasz, que vem a maioria dos animais apreendidos pelo órgão.
Mensalmente, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) recebe 450
animais, sendo aves a maioria. “Dessa quantidade, 80% são apreensões do Ibama,
a maioria é bicho retirado de feiras e os outros 20%, denúncias da população”,
certifica.
As feiras também não são locais apropriados para estes
bichos, já que eles precisam de cuidados e ambientes adequados. Muitos deles
morrem no local por desidratação e maus tratos. Para cada animal que chega vivo
nas feiras, nove morrem, afirma o Ibama.
bichos, já que eles precisam de cuidados e ambientes adequados. Muitos deles
morrem no local por desidratação e maus tratos. Para cada animal que chega vivo
nas feiras, nove morrem, afirma o Ibama.
longa viagem. Segundo o Ibama, é comum os Correios entrarem em contato com o
órgão por perceberem o transporte de animais dentro de caixas. Normalmente, são
répteis dopados e mais fáceis de levar.
de seres vivos. Denúncias podem ser feitas para o Ibama (0800.618.080) ou
através da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace)– (0800.2752.233
ou 3101-5512).
Hábito que faz parte do cearense, a criação de aves
necessita de atenção especial. Para agir de acordo com a legislação, é preciso
ficar atento às origens do animal. Assim como cachorros, os pássaros precisam
de cuidados e atenção dos seus donos.
necessita de atenção especial. Para agir de acordo com a legislação, é preciso
ficar atento às origens do animal. Assim como cachorros, os pássaros precisam
de cuidados e atenção dos seus donos.
criadouros autorizados pelo Ibama tenham a nota fiscal e, no caso das aves, que
venham com anilhas de identificação.
“O comprador deve ter consciência das necessidades do animal
que ele está levando pra casa. Ter um espaço adequado, dar a possibilidade de
boa saúde e alimentação”, afirma Roberto Cavalcante, assessor do setor de
defesa de fauna da diretoria de fiscalização da Semace.
que ele está levando pra casa. Ter um espaço adequado, dar a possibilidade de
boa saúde e alimentação”, afirma Roberto Cavalcante, assessor do setor de
defesa de fauna da diretoria de fiscalização da Semace.
residência o limite máximo de 100 aves, independentemente de constar com a
documentação exigida pelo o Ibama.
Neto é um deles. O veterinário e proprietário de um pet shop começou a receber
aves apreendidas em 2002 e, atualmente, possui 260 pássaros, entre araras,
periquitos e até tucanos.
“Se quisesse receber mais aves todos os meses, poderia, mas
o gasto para mantê-las bem cuidadas é muito alto”, afirma Reinaldo. Quando os
pássaros chegam ao local destinado, precisam de cuidados especiais, pois na
maioria das vezes foram vítimas de maus-tratos e estão e debilitados. Depois de
tratadas, as aves passam por avaliações para determinarem se elas permanecerão
no viveiro ou se poderão ser devolvidas para a natureza.
o gasto para mantê-las bem cuidadas é muito alto”, afirma Reinaldo. Quando os
pássaros chegam ao local destinado, precisam de cuidados especiais, pois na
maioria das vezes foram vítimas de maus-tratos e estão e debilitados. Depois de
tratadas, as aves passam por avaliações para determinarem se elas permanecerão
no viveiro ou se poderão ser devolvidas para a natureza.
O veterinário conta que, normalmente, os animais ficam nas
reservas. “A maioria deles vem mutilada e com muitos traumas. Os filhotes quase
nunca conseguem regressar à natureza, quando eles observam os pais sofrendo,
absorvem isso pra si”, relata.
reservas. “A maioria deles vem mutilada e com muitos traumas. Os filhotes quase
nunca conseguem regressar à natureza, quando eles observam os pais sofrendo,
absorvem isso pra si”, relata.
Nem todos os animais precisam ter autorização do Ibama.
Calopsitas, periquitos australianos, avestruzes e emas são considerados aves
domésticas, se enquadrando na mesma categoria que gatos e cachorros.
Calopsitas, periquitos australianos, avestruzes e emas são considerados aves
domésticas, se enquadrando na mesma categoria que gatos e cachorros.
O órgão responsável pela fiscalização da venda desses
animais é o Ministério da Agricultura, que deve regulamentar os
estabelecimentos de comércio.
animais é o Ministério da Agricultura, que deve regulamentar os
estabelecimentos de comércio.
Fonte: Diário do Nordeste