
A mineradora canadense ValOre Metals anunciou, nesta segunda-feira (05), um importante movimento estratégico que deve impactar diretamente a economia mineral do interior do Ceará. A empresa firmou acordo para adquirir 100% das ações da também canadense South Atlantic Gold, consolidando um ambicioso plano de expansão que tem como epicentro o município de Pedra Branca.
Atualmente, a base operacional da empresa está situada no distrito de Capitão-Mor, em Pedra Branca. Com a nova configuração, o município deve se tornar o eixo central de um vasto projeto de exploração de metais preciosos no sertão cearense, abrangendo ainda áreas de Mombaça e Tauá.
Segundo informações divulgadas em primeira mão pelo Diário do Nordeste, a transação será realizada por meio de sua subsidiária ValOre Subco, que incorporará a South Atlantic Gold. A fusão, aprovada por unanimidade pelos conselhos das duas empresas, resultará na formação de uma nova entidade — denominada provisoriamente como Amalco — que será inteiramente controlada pela ValOre.

O objetivo do negócio é ambicioso: criar um distrito mineral com mais de 100 mil hectares no interior do Ceará, concentrando os projetos de Pedra Branca sob uma mesma estrutura corporativa. A expectativa é que essa consolidação aumente significativamente a escala, a viabilidade econômica e o potencial de exploração da região.
A South Atlantic já havia investido cerca de R$ 15 milhões em pesquisas geológicas no território cearense. Agora, com a força de capital e infraestrutura da ValOre, o avanço das atividades minerais promete transformar a paisagem socioeconômica de Pedra Branca e municípios vizinhos.
Estima-se que o novo polo mineral poderá gerar mais de 1.000 empregos diretos e indiretos nos próximos anos, impulsionando o desenvolvimento regional e posicionando Pedra Branca como uma nova referência nacional na mineração de ouro, platina, paládio e outros metais estratégicos.
A operação ainda aguarda os trâmites finais para ser concluída, mas já mobiliza expectativas tanto no setor mineral quanto entre lideranças locais, que enxergam na iniciativa uma oportunidade histórica de crescimento sustentável para o sertão cearense.
A ValOre Metals Corp, já destinou cerca de R$ 35 milhões em pesquisa, para exploração de platina e paládio no Estado. Esses metais são essenciais para a produção de catalisadores em veículos a combustão e híbridos — mas a visão da empresa vai além.
A ValOre está de olho também na indústria de hidrogênio verde, que desponta como uma alternativa energética promissora. A platina e o paládio são utilizados no processo de eletrólise, que separa o hidrogênio da água. Com isso, o Brasil poderá se tornar o primeiro país da América Latina a produzir esses metais, fundamentais para impulsionar essa nova cadeia industrial.
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