
Pedra Branca (CE) – O tempo passa, mas algumas lembranças permanecem vívidas na memória coletiva de um povo. No último dia 20 de maio, o açude Trapiá, principal reservatório hídrico de Pedra Branca, completou 14 anos desde sua última sangria, ocorrida em 2011. Foi naquela madrugada, por volta das 6h30, que uma lâmina d’água de cerca de cinco centímetros ultrapassou o limite do sangradouro, levando alegria e esperança aos moradores da terra de Santa Rita.
De acordo com dados da Cogerh (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos), o Trapiá iniciou o ano de 2011 com 43,69% de sua capacidade total, que é de 18.190.000 metros cúbicos. Com as boas chuvas daquele ano, o reservatório conseguiu alcançar sua plenitude, promovendo a sexta e, até hoje, última sangria de sua história.

Construído e concluído em 1992, o açude Trapiá sangrou apenas seis vezes em seus 33 anos de existência: 1994, 2004, 2005, 2008, 2009 e 2011. Foi justamente no ano de 2004 que a gestão do reservatório passou a ser responsabilidade da Cogerh.
Atualmente, o cenário é bem diferente. O Trapiá opera com apenas 12,55% de sua capacidade, o que representa pouco mais de 2,26 milhões de metros cúbicos de água armazenada.
Neste ano de 2025, o reservatório ainda não acumulou volumes expressivos de água.
Enquanto a natureza não volta a brindar o Trapiá com sua generosidade, a lembrança de maio de 2011 segue firme, como símbolo de renovação e resistência.
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