
SANTIAGO, CHILE — O que era para ser uma noite de futebol sul-americano acabou se transformando em um episódio lamentável na história da Copa Libertadores. A partida entre Colo-Colo e Fortaleza, válida pela segunda rodada da fase de grupos da competição, foi cancelada na noite desta quinta-feira (10) após cenas de violência no Estádio Monumental de Santiago.
O clima de tensão tomou conta do jogo logo no início do segundo tempo. Torcedores do Colo-Colo passaram a arremessar objetos em direção ao árbitro da partida, após uma discussão envolvendo o atacante Deyverson. Minutos depois, o cenário escalou: o vidro de proteção entre as arquibancadas e o gramado foi quebrado, e torcedores chilenos invadiram o campo, obrigando os jogadores do Fortaleza a deixarem a partida e correrem em direção ao vestiário. A equipe de arbitragem também abandonou o gramado.
Jogadores do Colo-Colo tentaram conter os invasores, mas a situação saiu do controle. Diante do caos, a partida foi oficialmente cancelada por falta de segurança.
Fortaleza Esporte Clube afirmou que todos os atletas, membros da comissão técnica, diretoria e staff estão bem e em segurança, assim como os torcedores tricolores que estavam presentes no estádio. Funcionários do clube cearense prestaram apoio e suporte imediato aos compatriotas.
A tragédia, no entanto, ultrapassou os limites do estádio. De acordo com informações da ESPN, dois torcedores do Colo-Colo, de 18 e 13 anos, morreram atropelados por uma viatura policial nas proximidades do Monumental. O incidente gerou revolta entre parte da torcida local e teria contribuído para o clima de tensão e violência registrado durante a partida.
A CONMEBOL ainda não se pronunciou oficialmente sobre os próximos passos em relação ao jogo e às possíveis sanções ao clube chileno. Espera-se que um comunicado seja divulgado nas próximas horas.
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