
Na noite deste sábado (26), por volta das 22h, o Açude Orós, localizado no município de Orós, no Centro-Sul do Ceará, voltou a sangrar após 14 anos. O reservatório atingiu sua capacidade máxima de 1,94 bilhão de metros cúbicos de água, em um momento histórico celebrado por moradores e autoridades locais.
Considerado o segundo maior açude do estado, atrás apenas do Castanhão, o Orós foi por décadas o principal reservatório cearense, título que manteve até 2002. Sua última sangria havia sido registrada em 2011. Desde então, o açude enfrentou um longo período de seca e baixos níveis de armazenamento, refletindo os impactos da estiagem prolongada no semiárido nordestino.
A retomada da sangria do Orós representa muito mais que um fenômeno natural. Ela é símbolo de renovação para o abastecimento de água de diversas cidades da região, como Orós, Jaguaribe e Quixelô, além de contribuir para o reforço do Açude Castanhão, que possui capacidade de 6,7 bilhões de metros cúbicos.
De acordo com especialistas, as chuvas intensas que vêm atingindo o Centro-Sul cearense nas últimas semanas foram decisivas para o aporte hídrico do Orós. A expectativa agora é de que o cenário positivo se mantenha, beneficiando milhares de famílias que dependem do reservatório para o consumo humano, a agricultura e a pecuária.
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O momento da sangria foi registrado por @tv.oasis e @josembergvieira, que acompanharam de perto a cheia histórica. As imagens rapidamente se espalharam nas redes sociais, emocionando quem vive na região e reforçando a importância do açude para o Ceará.
A população de Orós celebra o feito, relembrando a força e a resistência de um dos mais importantes patrimônios hídricos do estado.
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