
A mudança agrada especialistas
Como já era
esperado, Ricardo Vélez foi demitido do cargo de ministro da Educação, na última
segunda-feira. A pasta já tem sucessor, o professor Abraham Weintraub.
Economista, formado pela Universidade de São Paulo (USP), em 1994, e mestre em finanças pela
Fundação Getúlio Vargas, o novo ministro trabalha atualmente como professor da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp) e atua como secretário executivo da Casa Civil.
esperado, Ricardo Vélez foi demitido do cargo de ministro da Educação, na última
segunda-feira. A pasta já tem sucessor, o professor Abraham Weintraub.
Economista, formado pela Universidade de São Paulo (USP), em 1994, e mestre em finanças pela
Fundação Getúlio Vargas, o novo ministro trabalha atualmente como professor da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp) e atua como secretário executivo da Casa Civil.
A escolha de um economista para a pasta, uma das mais
importantes do governo e responsável pela política educacional que norteia o
trabalho das 184 mil escolas existentes no Brasil, gerou burburinho entre
representantes do setor, mas especialistas enxergam com bons olhos a mudança. “Vejo
de forma positiva a entrada deste novo ministro. É um grande preconceito achar
que um financista não pode ser gestor da Educação. Até porque a grande crítica
ao ministro anterior era o fato de que ele entendia pouco de gestão. O atual é
um economista, administrador, um financista”, avalia Jailson Silva, professor
universitário e especialista em Administração em Educação.
Silva defende que, para assumir as rédeas de uma pasta tão estratégica, o
novo ministro da educação não precisa ser necessariamente um educador. “Seu grande
desafio será interpretar os objetivos do Governo Federal, transformar em ação
organizacional, com planejamento, organização, direção e controle”, sinaliza,
lembrando que Weintraub vai também precisar mostrar grande habilidade como
conciliador e até mediador de conflitos. “O clima político e acadêmico não é
amistoso. Para isso, ele vai ter que trabalhar nas competências básicas de
gestão para conseguir – usando a expressão dele – colocar a bola no chão e
tocar para a frente. Sem uma equipe, cada um joga a bola para um lado e o país
não avança”.
novo ministro da educação não precisa ser necessariamente um educador. “Seu grande
desafio será interpretar os objetivos do Governo Federal, transformar em ação
organizacional, com planejamento, organização, direção e controle”, sinaliza,
lembrando que Weintraub vai também precisar mostrar grande habilidade como
conciliador e até mediador de conflitos. “O clima político e acadêmico não é
amistoso. Para isso, ele vai ter que trabalhar nas competências básicas de
gestão para conseguir – usando a expressão dele – colocar a bola no chão e
tocar para a frente. Sem uma equipe, cada um joga a bola para um lado e o país
não avança”.
Bola para a frente na educação
A expectativa do setor educacional é mesmo grande. Em menos de cem dias
no governo, Vélez demitiu 92 pessoas do alto escalão do Ministério da Educação (MEC),
sem contar os 20% dos servidores que pediram demissão. As decisões e
declarações polêmicas do ex-ministro só demonstravam o pouco tato político para
a função que assumiu. Cargos
importantes, como o comando do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ficaram vagos. “Como líder, Vélez não conseguiu pacificar as
diferentes correntes, o que gerou uma paralisia no MEC. A saída dele vai
permitir que o órgão comece a se desenvolver”, declara otimista o professor Carlos Monteiro,
fundador e diretor presidente da CM Consultoria, especializada na área
educacional.
no governo, Vélez demitiu 92 pessoas do alto escalão do Ministério da Educação (MEC),
sem contar os 20% dos servidores que pediram demissão. As decisões e
declarações polêmicas do ex-ministro só demonstravam o pouco tato político para
a função que assumiu. Cargos
importantes, como o comando do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ficaram vagos. “Como líder, Vélez não conseguiu pacificar as
diferentes correntes, o que gerou uma paralisia no MEC. A saída dele vai
permitir que o órgão comece a se desenvolver”, declara otimista o professor Carlos Monteiro,
fundador e diretor presidente da CM Consultoria, especializada na área
educacional.
Um dia depois da posse, o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou na tarde desta
quarta-feira, 10, seis novos secretários. Para a Secretaria Executiva, o nome
escolhido foi de Antônio Paulo Vogel de Medeiros. Como secretário executivo
adjunto, assume Rodrigo Cota. O novo titular da Secretaria de Educação Superior
será Arnaldo Barbosa de Lima Junior, e da Secretaria de Educação Básica, Janio Carlos Endo Macedo. Para a Secretaria de Regulação e Supervisão
da Educação Superior, foi escolhido Silvio José Cecchi. A Secretaria da
Educação Profissional e Tecnológica será comandada por Ariosto Antunes Culau.
quarta-feira, 10, seis novos secretários. Para a Secretaria Executiva, o nome
escolhido foi de Antônio Paulo Vogel de Medeiros. Como secretário executivo
adjunto, assume Rodrigo Cota. O novo titular da Secretaria de Educação Superior
será Arnaldo Barbosa de Lima Junior, e da Secretaria de Educação Básica, Janio Carlos Endo Macedo. Para a Secretaria de Regulação e Supervisão
da Educação Superior, foi escolhido Silvio José Cecchi. A Secretaria da
Educação Profissional e Tecnológica será comandada por Ariosto Antunes Culau.
Como o novo comando da pasta, o setor de educação privada espera “que o
MEC dê condição para as instituições trabalharem e se desenvolverem, evite ao
máximo enxurrada de leis, portarias e decretos comuns a todo governo”, sinaliza
Carlos Monteiro. Maior agilidade nos processos de andamento dos pedidos das instituições,
quanto à criação e aos reconhecimentos de cursos, é outro ponto citado pelo
especialista. “Que os processos sejam mais rápidos e menos burocráticos na sua
tramitação”.
MEC dê condição para as instituições trabalharem e se desenvolverem, evite ao
máximo enxurrada de leis, portarias e decretos comuns a todo governo”, sinaliza
Carlos Monteiro. Maior agilidade nos processos de andamento dos pedidos das instituições,
quanto à criação e aos reconhecimentos de cursos, é outro ponto citado pelo
especialista. “Que os processos sejam mais rápidos e menos burocráticos na sua
tramitação”.
Outra questão de grande relevância é o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), um dos principais programas do Ministério da
Educação. Dados do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior no Estado de São Paulo (Semesp) apontam que cerca de 1.300 entidades
que têm alunos beneficiados pelo FIES ainda não receberam repasse de recursos
neste ano. A estimativa é de R$ 3 bilhões em atraso, em todo o país.
Educação. Dados do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior no Estado de São Paulo (Semesp) apontam que cerca de 1.300 entidades
que têm alunos beneficiados pelo FIES ainda não receberam repasse de recursos
neste ano. A estimativa é de R$ 3 bilhões em atraso, em todo o país.
A equação deveria fortalecer o programa, já que a instituição de ensino precisa da matrícula dos alunos da nova classe média e, os estudantes, do
financiamento. “Mas o que a gente está vendo é uma queda acelerada de
matrículas. Muitas instituições, principalmente as de menor porte, estão em uma
situação financeira difícil”, acrescenta Monteiro. A esperança do setor é que,
sendo da área da economia, o novo ministro possa entender melhor essa conta.
“Como ele vem da Casa Civil, a expectativa é que tenha bom trânsito para
conseguir as aberturas necessárias para que o FIES volte a funcionar”, conclui.
financiamento. “Mas o que a gente está vendo é uma queda acelerada de
matrículas. Muitas instituições, principalmente as de menor porte, estão em uma
situação financeira difícil”, acrescenta Monteiro. A esperança do setor é que,
sendo da área da economia, o novo ministro possa entender melhor essa conta.
“Como ele vem da Casa Civil, a expectativa é que tenha bom trânsito para
conseguir as aberturas necessárias para que o FIES volte a funcionar”, conclui.
Agência Educa Mais Brasil
