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Caminhoneiros do Ceará mantêm greve (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução) |
Um grupo com cerca de 45 motoristas reboques de
Fortaleza aderiu ao protesto nacional dos
caminhoneiros nesta quarta-feira (23). Os guinchos interromperam
o fluxo de veículos na Praça Portugal e Avenida Desembargador Moreira no fim da
tarde desta quarta e seguiram para a BR-116, onde caminhoneiros protestam
pelo 3º dia seguido.
Fortaleza aderiu ao protesto nacional dos
caminhoneiros nesta quarta-feira (23). Os guinchos interromperam
o fluxo de veículos na Praça Portugal e Avenida Desembargador Moreira no fim da
tarde desta quarta e seguiram para a BR-116, onde caminhoneiros protestam
pelo 3º dia seguido.
De acordo com um dos organizadores, Flávio Lima, a
mobilização é contra o aumento do preço dos combustíveis. “Em menos de
quatro meses já teve todo esse aumento no litro. Por semana tô com gasto a mais
de R$ 1.000”, reclama.
mobilização é contra o aumento do preço dos combustíveis. “Em menos de
quatro meses já teve todo esse aumento no litro. Por semana tô com gasto a mais
de R$ 1.000”, reclama.
Segundo Flávio, o governo tem que dar condições de
trabalho para esses profissionais. “Não estão repassando esses sucessivos
aumentos pro preço do frete. Ninguém quer a população pagando conta, que sofra
ainda mais. Nós estamos sentindo, e isso reflete em todo mundo”, completa.
trabalho para esses profissionais. “Não estão repassando esses sucessivos
aumentos pro preço do frete. Ninguém quer a população pagando conta, que sofra
ainda mais. Nós estamos sentindo, e isso reflete em todo mundo”, completa.
Caminhoneiros
Os caminhoneiros protestam contra sucessivos
aumento no custo do combustível e realizam o terceiro dia de manifestação. Um
profissional ouvido pelo G1 informou
que a alta do diesel elevou em cerca de R$ 1,4 mil o custo médio de uma viagem
de caminhão.
aumento no custo do combustível e realizam o terceiro dia de manifestação. Um
profissional ouvido pelo G1 informou
que a alta do diesel elevou em cerca de R$ 1,4 mil o custo médio de uma viagem
de caminhão.
Trechos bloqueados pro volta das 16 horas desta
quarta no Ceará:
quarta no Ceará:
·
Em Eusébio, na
BR-116, km 18 (em frente a Fábrica Fortaleza), na região metropolitana; desde 6
h desta quarta-feira (23). Cerca de 200 caminhões;
Em Eusébio, na
BR-116, km 18 (em frente a Fábrica Fortaleza), na região metropolitana; desde 6
h desta quarta-feira (23). Cerca de 200 caminhões;
·
Chorozinho, na
BR-116, Km 70,0 (nas proximidades do Triângulo de Chorozinho), região
metropolitana; desde 10h36 de 22 de maio 2018, cerca de 600 caminhões, ocupando
aproximadamente 4 km de acostamento;
Chorozinho, na
BR-116, Km 70,0 (nas proximidades do Triângulo de Chorozinho), região
metropolitana; desde 10h36 de 22 de maio 2018, cerca de 600 caminhões, ocupando
aproximadamente 4 km de acostamento;
·
Alto Santo, na
BR-116, Km 250 (no Posto Nelson Lee), interior do estado do Ceará; desde 13h
desta quarta
Alto Santo, na
BR-116, Km 250 (no Posto Nelson Lee), interior do estado do Ceará; desde 13h
desta quarta
·
Penaforte, na
BR-116, km 545,0 (proximidades do Posto Limarques III), desde 11h13 de 22 de
maio.
Penaforte, na
BR-116, km 545,0 (proximidades do Posto Limarques III), desde 11h13 de 22 de
maio.
·
Em Tianguá, na
BR-222, km 334,0 (no Posto Fiscal na cidade); desde 7h de 23 maio 2018;
Em Tianguá, na
BR-222, km 334,0 (no Posto Fiscal na cidade); desde 7h de 23 maio 2018;
Em todo o país, os caminhoneiros protestam contra a
disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras,
em vigor desde julho. Além do preço do óleo diesel, os manifestantes
reivindicam a queda no preço dos outros combustíveis – como a gasolina e o
etanol – além da diminuição nos valores cobrados em pedágios nas estradas de
todo o país.
disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras,
em vigor desde julho. Além do preço do óleo diesel, os manifestantes
reivindicam a queda no preço dos outros combustíveis – como a gasolina e o
etanol – além da diminuição nos valores cobrados em pedágios nas estradas de
todo o país.
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou nesta terça-feira
(22) que o governo eliminará a Cide (tributo) que incide
sobre o diesel quando o Congresso Nacional aprovar o projeto da reoneração da
folha de pagamentos. As medidas foram anunciadas em meio a protestos em todo o
país contra o aumento no preço dos combustíveis. A Petrobras já anunciou que a
política de reajuste dos preços não mudará.
(22) que o governo eliminará a Cide (tributo) que incide
sobre o diesel quando o Congresso Nacional aprovar o projeto da reoneração da
folha de pagamentos. As medidas foram anunciadas em meio a protestos em todo o
país contra o aumento no preço dos combustíveis. A Petrobras já anunciou que a
política de reajuste dos preços não mudará.
A proposta do Governo de zerar a Cide sobre o
diesel, também vai ter consequências. A fim de compensar a perda na arrecadação,
o Congresso Nacional vai aprovar o fim dos benefícios fiscais sobre a folha de
pagamento das empresas. Com isso, a maioria dos setores perde o benefício ainda
em 2018 e todos voltam a pagar os impostos sobre a folha de pagamento em 2020.
diesel, também vai ter consequências. A fim de compensar a perda na arrecadação,
o Congresso Nacional vai aprovar o fim dos benefícios fiscais sobre a folha de
pagamento das empresas. Com isso, a maioria dos setores perde o benefício ainda
em 2018 e todos voltam a pagar os impostos sobre a folha de pagamento em 2020.
De acordo com a Associação Brasileira de
Caminhoneiros, os manifestantes querem uma política de redução de impostos e de
controle do aumento dos combustíveis. “Enquanto o governo não responder a essas
manifestações, os protestos vão continuar”, afirma José da Fonseca Lopes,
presidente da entidade.
Caminhoneiros, os manifestantes querem uma política de redução de impostos e de
controle do aumento dos combustíveis. “Enquanto o governo não responder a essas
manifestações, os protestos vão continuar”, afirma José da Fonseca Lopes,
presidente da entidade.
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Cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura
(CBIE) revela que, desde 3 de julho do ano passado – quando a Petrobras iniciou
sua nova política de preços para os combustíveis – o óleo diesel subiu 56,5% na
refinaria, passando de R$ de 1,5006 para R$ 2,3488 reais, sem considerar a
incidência dos impostos.
(CBIE) revela que, desde 3 de julho do ano passado – quando a Petrobras iniciou
sua nova política de preços para os combustíveis – o óleo diesel subiu 56,5% na
refinaria, passando de R$ de 1,5006 para R$ 2,3488 reais, sem considerar a
incidência dos impostos.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, do
Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já
acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no
ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já
acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no
ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Segundo
a Petrobras, a variação no preço dos combustíveis no país acompanha a alta do
dólar. Esse preço é composto de três variáveis: o valor cobrado nas refinarias
ou na importação, os impostos estaduais e federais, além da margem de lucros
dos distribuidores e postos revendedores.
a Petrobras, a variação no preço dos combustíveis no país acompanha a alta do
dólar. Esse preço é composto de três variáveis: o valor cobrado nas refinarias
ou na importação, os impostos estaduais e federais, além da margem de lucros
dos distribuidores e postos revendedores.
Fonte: G1/CE